Ataque fatal
Estados Unidos intensificam o combate ao narcotráfico.

EUA atacam barco suspeito de tráfico no Pacífico; dois mortos e campanha de Trump avança além do Caribe
O Pentágono confirmou que duas pessoas morreram em um ataque militar dos EUA contra um barco suspeito de narcotráfico no leste do Oceano Pacífico, em águas internacionais. O secretário de Defesa Pete Hegseth disse que a ação ocorreu na terça-feira (21) “ao longo de uma rota conhecida do narcotráfico” e divulgou um vídeo aéreo em que a embarcação é destruída por uma explosão; não foram informados o ponto exato nem a nacionalidade das vítimas. O governo afirma que a inteligência indicava transporte de drogas.
Por que este ataque é relevante
É a primeira operação letal no Pacífico dentro da nova estratégia antinarcóticos do presidente Donald Trump, que vinha se concentrando no Caribe (com pelo menos oito ações e mais de 30 mortos desde setembro). A decisão de empregar forças militares — em vez de interdições pela Guarda Costeira — tem sido contestada por juristas e por parlamentares democratas, que questionam a base legal e a falta de transparência sobre provas e identificação dos alvos.
O que se sabe (e o que falta saber)
- Data e local: ataque na terça (21), em águas internacionais do Pacífico oriental; local exato não divulgado.
- Alvos: o Pentágono descreve os mortos como supostos traficantes; identidades não reveladas.
- Meios empregados: o vídeo mostra a explosão do barco, mas não identifica a plataforma que disparou (drone, aeronave ou navio).
- Contexto regional: a Guarda Costeira conduz a Operation Viper no Pacífico, com grandes apreensões de cocaína; não está claro por que, neste caso, optou-se por ataque letal em vez de captura.
Próximos passos
A gestão Trump sinaliza expandir a campanha inclusive para alvos em terra, enquanto cresce a pressão por esclarecimentos ao Congresso e por coordenação com países costeiros do Pacífico (como Colômbia e Equador). Novas informações oficiais devem detalhar localização, vínculos do barco e evidências sobre a carga.
O ataque de 21 de outubro marca uma mudança de teatro — do Caribe para o Pacífico — na política de choque da Casa Branca contra o narcotráfico, mas abre novas dúvidas legais e diplomáticas sobre o emprego de força letal no mar.
