BNDES aprova R$ 1,26 bilhão para empresas de SC após tarifaço dos EUA; Brasil já soma quase R$ 10 bilhões

Crédito faz parte do Plano Brasil Soberano, criado para proteger empregos e ajudar exportadores a atravessar o impacto das tarifas americanas; pacote total prevê até R$ 40 bilhões em financiamentos.

DMA – IA

Santa Catarina entrou no centro das medidas emergenciais de reação ao chamado “tarifaço” dos Estados Unidos. De acordo com balanço divulgado nesta semana, o BNDES já aprovou R$ 1,26 bilhão em créditos para empresas catarinenses afetadas pela política tarifária norte-americana, enquanto o total nacional aprovado chegou a R$ 9,72 bilhões, somando 717 operações com grandes companhias e micro, pequenas e médias empresas.

Os números reforçam a importância do tema para a economia catarinense, altamente conectada ao comércio exterior e à indústria de transformação. No recorte por estados, Santa Catarina aparece entre os maiores volumes de crédito aprovado, atrás apenas de São Paulo e em patamar semelhante a outros polos exportadores do Sul.

O apoio está dentro do Plano Brasil Soberano, anunciado como resposta federal ao impacto das tarifas e estruturado para dar fôlego financeiro às empresas, preservar produção e reduzir riscos de demissões. O programa foi lançado com a previsão de até R$ 40 bilhões em crédito, combinando recursos e garantias para linhas de capital de giro, adaptação produtiva, busca de novos mercados e financiamento a fornecedores ligados às exportações.

A lógica do pacote é simples: quando um mercado fecha ou encarece de forma abrupta, a empresa precisa de caixa para manter operação, segurar empregos e reposicionar a estratégia — seja diversificando destinos, renegociando logística, ajustando produção ou ampliando presença em outros países. O próprio BNDES destacou que, mesmo com recuos pontuais nas tarifas, grande parte da indústria brasileira ainda convive com sobretaxas relevantes, o que mantém a pressão sobre cadeias produtivas e exportadores.

Outro ponto que chama atenção é o volume de demanda que segue entrando. Segundo o banco, após mudanças nos critérios de acesso e reabertura de consulta de elegibilidade, centenas de novos protocolos foram registrados, somando bilhões em pedidos adicionais, sinal de que a necessidade de crédito ainda é alta — especialmente para empresas que dependem de exportação ou fornecem para quem exporta.

Para Santa Catarina, o tema é estratégico por atingir diretamente setores que sustentam emprego e arrecadação: indústria de transformação, metalmecânica, máquinas e equipamentos, alimentos, tecnologia, logística e cadeias integradas ao mercado externo. Em momentos de choque internacional, crédito bem direcionado pode significar a diferença entre atravessar a crise com ajustes e cortar na carne, reduzindo produção e postos de trabalho.


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