Coluna JB Telles | DMA Notícias

Entre a glória da Chape, o lamento do Criciúma e o respiro do Figueira, o futebol mostra que triunfo e queda podem andar lado a lado.

O SUCESSO E O FRACASSO.

Apesar de opostos, os dois podem caminhar juntos. É um pouco difícil para explicar, mas o exemplo ocorreu no domingo, no futebol catarinense.

Começo considerando um sucesso a ascensão da Chapecoense para a elite do futebol brasileiro com a vitória, em casa, contra o Atlético (GO) por um a zero. Foi a ratificação de uma administração positiva no comando do futebol. Com altos e baixos na temporada, a Chape acreditou no seu projeto ao ponto de renovar contrato com o comando do seu futebol, antes mesmo do final da temporada.

O fracasso foi no Sul do Estado onde o Criciúma, com um fantástico apoio da sua torcida em todos os seus jogos, não logrou o esperado êxito da temporada. Apesar do aceno na conquista da Recopa (venceu o Concórdia por 2 a 0), perdeu o estadual, não conseguiu o acesso para a Série A nacional e tampouco a vaga para a Copa do Brasil.

Finalmente a união dos opostos. No estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, o fracasso do Figueirense na temporada de 2025, foi ‘amenizado’ pelo sucesso na Copa Santa Catarina com duas vitórias finais contra o Joinville (4×1 e 2×1) recuperando o título que garantiu uma vaga para a cobiçada Copa do Brasil.

É preciso, no entanto, separar os méritos da conquista, creditando-os ao técnico Waguinho Dias e sua equipe, que tiveram a competência de corrigir parte dos incontáveis erros cometidos pelo clube ao longo do ano.

O que se espera no entanto, é que a conquista seja a semente necessária para a urgente transformação no comando do Figueirense.

Procurando acertos.

Se é verdade que a pressa é inimiga da perfeição, os dirigentes do futebol que se cuidem. Só que agora não tem como fugir dela e com ela é preciso tentar errar o menos possível. Os clubes terão pouco mais de um mês para estarem prontos para a nova guerra. O campeonato estadual catarinense começa logo em 7 de janeiro. E no final do mês, já terá bola rolando no brasileiro. Logo…

A máscara.

É visível que alguns clubes promovem as chamadas “engenharias” para formatar o boletim financeiro dos jogos em seus estádios, mascarando alguns números. Mas também é preciso entender a necessidade de um acerto legal para superar uma anomalia que ocorre em vários jogos. Trata-se na exigência da cessão de 10 por cento da capacidade de público para a torcida visitante. Há casos e casos. No recente Avaí x Criciúma, o clube do Sul solicitou um aumento dessa carga e não foi atendido, mesmo que tenha sobrado espaço no estádio.

Domingo, em Figueirense x Joinville, a carga estava à disposição do JEC que trouxe apenas 94 torcedores, como consta no borderô da partida. Prejuízo para o Figueirense, pois um grande espaço do estádio ficou às moscas, apesar dos 16.179 pagantes anunciados.

Bola parada, não entra.

No programa de ontem (após Internacional x Santos) o pessoal do Sportv chegou a uma conclusão que defendo faz muito tempo. Bola parada, não entra! E é verdade. Esse negócio de que cobrança de falta, de escanteio, de pênalti gera gol de bola parada, não me convence. Para ultrapassar a linha, a bola tem que estar em movimento. Logo, bola parada, não entra.

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