Coluna JB Telles: Tão perto e tão longe — Copa do Brasil, Filipe Luís, o “Octa” do JEC e o Avaí SA

Tão perto… e tão longe!
O exemplo atual é no futebol, mas serve para todos os segmentos esportivos e também para nossa vida. Quantas vezes chegamos tão perto de uma grande conquista, um grande feito e… como que num piscar de olhos tudo vai para tão longe? Que o digam os vices das recentes competições que encerraram o ano esportivo. Aliás, de uma dezena de fatos, resta apenas uma oportunidade, para Corinthians e Vasco da Gama, que decidem a Copa do Brasil e o direito de irem em busca da Glória Eterna, a Libertadores da América. Os dois estão tão pertos…mas um deles ficará tão longe…!

Lição Europeia.
Em recente declaração sobre os técnicos brasileiros – cutucando os estrangeiros – Dorival Silvestre Júnior, treinador do Corinthians, lembrou das últimas conquistas dos nacionais dando ênfase ao Filipe Luís, do Flamengo.
Júnior relembrou que entre tantos treinadores de fora do país, o campeão da Copa do Brasil será um brasileiro (ele próprio ou Fernando Diniz) e o Filipe Luís além de decidir o Mundial de Clubes ganhou o Brasileirão e a Libertadores da América. Os exemplos são verdadeiros, menos o conceito sobre eles. A competência do Filipe Luís, catarinense de Jaraguá do Sul, deve ser medida pela qualificação que ele obteve nos clubes e nas administrações que vivenciou na Europa. Ele teve, isso sim, a competência e a personalidade de aplicar no Brasil o que aprendeu lá. Ou alguém é capaz de imaginar que um simples treinador “brasileiro” teria a coragem de impor, sob a pressão de um Flamengo, o que Filipe impôs a um dos chamados craques do clube, o centroavante Pedro? Qualquer outro ficaria pianinho para não enfrentar a diretoria, a mídia e a massa rubro-negra.

JB Telles, Fontan e Nardela

Octa? Ninguém mais!
Fui honrado com o convite para relembrar o octacampeonato catarinense de futebol conquistado pelo Joinville Esporte Clube, em 1985, que tive o privilégio de narrar pela RBS TV. O adversário foi o Avaí e a vitória do JEC por 2 a 0, em partida disputada no estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí, em razão do Ernesto Schlemm Sobrinho estar interditado. O livro, de autoria do jornalista Anildo Jorge dos Santos (Cabo), contando aquela memorável trajetória, foi lançado num encontro com os craques da época, nas amplas instalações da ADE Embraco. No livro escrevi “Octa? Ninguém mais!”. O que reafirmo. Novos e bons times podem ser montados, mas uma conquista dessa ordem, nunca mais!
Obrigado ao futebol, pelo reencontro.

Bernardo Pessi – Pres Avaí

Avaí SA.
Falta pouco, muito pouco mesmo, para o Avaí se dobrar diante das suas atuais necessidades e ganhar um novo status administrativo. O próprio presidente recém-eleito, Bernardo Pessi, que não tinha a mudança nas suas prioridades de campanha, encabeça a defesa da alteração, tida como única solução para o processo de reestruturação financeira exigido no clube.
Se vai dar certo, só o tempo dirá.

Contra o tempo.
As mudanças no calendário do futebol brasileiro, anteciparam os estaduais e colocaram os clubes num grande dilema. Alguns com férias curtas, outros com atrasos administrativos, vão enfrentar um campeonato que mais parece um torneio, perigoso e cheio de armadilhas. É o chamado “tiro curto” que, não raras vezes, dificulta a recuperação e não permite sequer pequenos tropeços. O que leva os clubes a lutarem contra o tempo, para evitar contratempos. Pouca gente se deu conta de que vai voltar do ano novo, em véspera da estreia.

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