Copa do Mundo: 22 edições de história rumo ao Mundial de 2026 | DMA Notícias
Rumo à Copa de 2026, o torcedor ganha um passeio pelos bastidores da história: 22 edições, oito campeões, centenas de jogos e os gols que eternizaram a camisa de seleções e craques.

A vigésima terceira edição da Copa do Mundo será disputada no próximo ano, e o planeta do futebol volta a girar em torno do mesmo torneio que faz parte da memória afetiva de gerações. Antes da bola rolar em 2026, vale olhar pelo retrovisor: são mais de nove décadas de Mundial, do primeiro torneio em 1930 ao espetáculo de 2022 no Catar, com números impressionantes, personagens inesquecíveis e muita curiosidade para o torcedor brasileiro.
A Copa nasceu em 1930, no Uruguai, com apenas 13 seleções convidadas. O país-sede ficou com o título ao derrotar a Argentina na final em Montevidéu. Nos primeiros anos, o Mundial teve 13 ou 16 participantes, cresceu para 24 seleções em 1982 e chegou a 32 em 1998, formato que se manteve até o Catar. A partir de 2026, disputada em Estados Unidos, México e Canadá, o torneio passará a ter 48 seleções e 104 jogos, o maior da história.
Ao longo das 22 Copas já realizadas, 80 países diferentes estiveram pelo menos uma vez na fase final. O Brasil é o único a ter disputado todas as edições, um privilégio que nenhum outro país possui.
No quadro de campeões, são apenas oito países que já ergueram a taça. O Brasil lidera com cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Em seguida aparecem Alemanha (incluindo a antiga Alemanha Ocidental) e Itália, com quatro conquistas cada. Argentina, atual campeã, soma três títulos; França e Uruguai têm dois; Inglaterra e Espanha completam a lista com um título cada.
Se o ranking de taças é restrito, a lista de jogos e gols é gigantesca. Do Mundial de 1930 ao de 2022, foram disputadas 964 partidas, com estádios lotados ao redor do planeta e média de público superior a 45 mil torcedores por jogo. No total, a soma de gols ultrapassa a casa dos 2,700, mostrando que a Copa é, acima de tudo, sinônimo de bola na rede.
Nas estatísticas individuais, a artilharia histórica pertence ao alemão Miroslav Klose, com 16 gols em quatro edições. Logo atrás aparecem o brasileiro Ronaldo, com 15, o também alemão Gerd Müller, com 14, e o francês Just Fontaine, dono do recorde de 13 gols em uma única Copa, a de 1958. Entre os nomes mais recentes, Lionel Messi e Kylian Mbappé consolidaram-se como protagonistas em 2018 e 2022, entrando para o grupo dos maiores goleadores de todos os tempos em Mundiais.
O formato do torneio também mudou ao longo dos anos. Houve fase de grupos com final em pontos corridos (como em 1950, no Brasil), segundas fases em grupos (caso de 1974 e 1978) e, a partir de 1986, a atual lógica de mata-mata após a primeira fase. A tecnologia entrou em campo com o uso do árbitro de vídeo (VAR) em 2018 e 2022, ao mesmo tempo em que a preparação física, a organização tática e a globalização do futebol deixaram a competição ainda mais equilibrada.
A Copa do Mundo também conta histórias fora das quatro linhas: mudanças de sede por motivos políticos, edições canceladas em razão da Segunda Guerra Mundial (1942 e 1946), estádios que se tornaram patrimônio da memória esportiva e seleções que marcaram época sem sequer conquistarem o título, como a Hungria de 1954, a Holanda dos anos 1970 e o Brasil de 1982.
Com tudo isso, a chegada da vigésima terceira Copa, em 2026, não é apenas mais um evento no calendário. É a continuidade de uma história que começou há quase cem anos, cresceu, mudou de formato, atravessou gerações e segue despertando a mesma combinação de expectativa, ansiedade e paixão. Para o torcedor brasileiro, acostumado a ver a seleção entre as protagonistas, o próximo Mundial é mais uma chance de escrever um novo capítulo nessa trajetória – e manter vivo o sonho de ampliar a coleção de estrelas no escudo da camisa amarela.
