Criciúma EC: a trajetória do Tigre.

Série “Clubes Catarinenses”

O Criciúma nasceu no coração da cidade, em 13 de maio de 1947, com o nome Comerciário Esporte Clube. A troca para Criciúma Esporte Clube veio em 1978, junto da consolidação das cores amarelo, preto e branco — um espelho da identidade carvoeira da região. O primeiro grande sinal de vocação competitiva apareceu cedo: o Campeonato Catarinense de 1968 abriu caminho para uma cultura de times aguerridos, difíceis de bater no Heriberto Hülse, o nosso Majestoso.

O capítulo que muda a prateleira do clube vem em 1991. Com Luiz Felipe Scolari, o time conquista a Copa do Brasil de forma invicta, superando o Grêmio na final (0–0 no Majestoso e 1–1 no Olímpico). Além do troféu inédito — até hoje o único campeão de Santa Catarina nesta competição — a campanha carimbou o passaporte para a Conmebol Libertadores de 1992. No ano seguinte, o Tigre encarou gigantes, lotou o Majestoso e chegou às quartas de final, escrevendo noites inesquecíveis na memória da torcida.

Imagem IA

O Estádio Heriberto Hülse, inaugurado em 1955, virou sinônimo de pressão e pertencimento. Com capacidade próxima de 19 mil lugares e arquibancadas cobertas, recebeu adaptações para os jogos continentais e testemunhou decisões estaduais, acessos, quedas e retomadas — o retrato perfeito de um clube que sabe se reinventar. Essa resiliência também aparece nos títulos nacionais das divisões de acesso: Série B (2002) e Série C (2006). No Catarinense, o currículo é robusto, somando diversas conquistas ao longo de seis décadas, com taças em ciclos marcantes (final dos anos 80 e início dos 90, e novas viradas no século XXI).

A identidade do Criciúma se confunde com seus personagens. Em campo e à beira dele, nomes como Roberto Cavalo, Itá, Jairo Lenzi, Soares, o goleiro Alexandre e o próprio Felipão ajudam a entender por que o Tigre costuma crescer em jogos grandes. É um clube de ambiente, de noites quentes no Majestoso, de camisas pesadas que parecem ganhar alguns gramas a mais quando a torcida empurra.

Linha do tempo essencial: 1947 (fundação como Comerciário) • 1968 (primeiro Catarinense) • 1978 (mudança para Criciúma EC) • 1991 (Copa do Brasil invicta) • 1992 (quartas da Libertadores) • 2002 (Série B) • 2006 (Série C). A partir daí, o roteiro alterna acessos, reconstruções e novos títulos estaduais — sempre com o Majestoso como palco central.

Títulos principais: Copa do Brasil (1991) • Brasileiro Série B (2002) • Brasileiro Série C (2006) • múltiplos Campeonatos Catarinenses.

Guia rápido do torcedor: Nome — Criciúma Esporte Clube • Apelido — Tigre • Cores — amarelo, preto e branco • Estádio — Heriberto Hülse (Majestoso), 19 mil lugares • Maior feito — Campeão da Copa do Brasil 1991.

Mais que um campeão, o Criciúma é um símbolo do futebol catarinense: competitivo, orgulhoso das origens e movido por uma torcida que transforma cada jogo em manifesto. A história do Tigre é a história de uma cidade — e continua sendo escrita, jogo a jogo, no Majestoso.

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