Crimes conectados: dois homicídios em menos de 3 horas em Joinville e Balneário Barra do Sul acendem alerta no Norte de SC
Execuções a tiros, intervalo curto entre os crimes e indícios de relação com o tráfico colocam as forças de segurança em modo de atenção; um suspeito já foi identificado e detido.
Dois homicídios registrados em um intervalo de cerca de três horas, na mesma noite, colocaram em evidência um fenômeno que tem preocupado autoridades e moradores do Norte de Santa Catarina: a possibilidade de “crimes conectados”, quando ocorrências em municípios diferentes apontam para uma mesma motivação e, muitas vezes, para a atuação de grupos ligados ao tráfico.
O primeiro caso ocorreu em Joinville, por volta das 20h30, no bairro Jardim Iririú. A vítima, identificada como Fabrício Rocha, de 34 anos, foi morta a tiros dentro da própria casa. Testemunhas relataram que dois homens chegaram atirando; Fabrício ainda teria tentado correr para o quarto, mas foi seguido e atingido várias vezes, principalmente na região da cabeça. A Polícia Militar encontrou diversos estojos de munição no local, o que reforça a dinâmica de execução.
Pouco depois, por volta das 23h30, a segunda ocorrência foi registrada em Balneário Barra do Sul, no bairro Salinas. A vítima, José João Simão Júnior, de 30 anos, foi encontrada morta a tiros dentro da residência. No imóvel, havia porções de maconha e comprimidos de ecstasy, além de cartuchos de munição espalhados, elementos que passam a integrar a apuração sobre o contexto do crime.
A investigação trabalha com a hipótese de que os casos possam ter relação com disputas e retaliações associadas ao tráfico, especialmente pela proximidade temporal, pelo modo de agir e por indícios materiais. Informações preliminares apontam que um suspeito já foi identificado e preso, e que novas diligências devem ocorrer para confirmar se há ligação direta entre as mortes e se existe participação de mais envolvidos.
Se a conexão for confirmada, o caso deixa de ser apenas estatística: vira um alerta sobre como a violência se desloca por corredores regionais, atingindo cidades com perfis diferentes, mas conectadas por rotas, interesses e organizações criminosas. Para a população, a recomendação é simples e prudente: qualquer informação que ajude a investigação deve ser comunicada às autoridades, sem exposição em redes sociais que possa atrapalhar o trabalho policial ou colocar testemunhas em risco.
As forças de segurança ainda não divulgaram detalhes sobre motivação, autoria completa e eventuais vínculos formais entre os crimes. O portal seguirá acompanhando os desdobramentos.
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