Criptomoedas, hoje e futuro…

Criptomoedas despencam nesta sexta (17.out): entenda as causas e o que esperar
O mercado de criptoativos amanheceu em forte queda nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025. O Bitcoin recuou para a faixa de US$ 103–107 mil, renovando mínimas desde junho; Ether, XRP e Solana caíram entre 5% e 10% no dia. O tombo ocorre em meio a aversão a risco global e à perda de suportes técnicos relevantes.
O que derrubou os preços hoje
- Stress no sistema financeiro: receios com a saúde de bancos regionais nos EUA e queda de ações do setor na Europa alimentaram a fuga de risco — movimento que respingou em commodities e cripto.
- Ruído geopolítico e tarifas: a venda também reflete o ambiente ainda tenso após as ameaças de tarifas de 100% à China feitas na semana passada, que já haviam detonado uma onda de liquidações e ampliado a volatilidade.
- Fatores técnicos: analistas apontam que a perda da média móvel de 200 dias pelo Bitcoin reforçou o viés corretivo de curto prazo e abriu espaço para teste de suportes mais baixos.
- Fluxos & alavancagem: após o choque do fim de semana, houve saídas em ETFs de Bitcoin e novas liquidações de posições alavancadas — combustível adicional para a queda intradiária.
O que dizem os analistas
Há divergência sobre o próximo passo:
- Cautela no curto prazo: a leitura dominante é de que o rali de 2025 entrou numa fase de consolidação até que o mercado volte a precificar menor risco macro (bancos/ tarifas) e o BTC recupere níveis técnicos-chave.
- Suportes no radar: casas de análise destacam a faixa dos US$ 100 mil como zona psicológica/técnica (próxima à média de 50 semanas) que poderia segurar o preço — se respeitada, aumentam as chances de alívio nas próximas semanas.
- Tese de longo prazo intacta para parte do mercado: apesar da correção, gestores lembram que adoção institucional e fundamentos de rede permanecem sólidos; a expectativa de ciclo altista mais longo não está descartada.
O que acompanhar daqui para frente
- Noticiário bancário e dados de crédito nos EUA/Europa (efeito-contágio em ativos de risco).
- Sinais sobre tarifas e tensões comerciais (qualquer escalada tende a manter o “modo defesa”).
- Fluxos de ETFs spot e métricas de derivativos (entrada/saída de capital e alavancagem costumam antecipar direções).
A queda de hoje combina choque macro, medo sistêmico e efeitos técnicos ainda em andamento. O consenso de curto prazo é de volatilidade elevada e viés defensivo, enquanto parte dos analistas vê piso potencial próximo de US$ 100 mil antes de qualquer recuperação mais consistente.
