Demissões em massa na Amazon

Decisão pode eliminar até 30 mil cargos.

A Amazon prepara o maior enxugamento corporativo desde a onda de 2022–2023. De acordo com Reuters e The Guardian, a companhia pode eliminar até 30 mil cargos — quase 10% de um universo de 350 mil funcionários corporativos — em uma reestruturação focada em simplificar camadas gerenciais, reduzir burocracia e acelerar automações por IA. Notificações começariam a ser enviadas já nesta semana, após treinamento de gestores para conduzir o processo. A empresa não divulgou comunicado oficial com números finais.

O movimento se soma às 27 mil demissões confirmadas em 2023 — 18 mil no início do ano e 9 mil em março, atingindo áreas como AWS, PXT, Advertising e Twitch. Em 2025, houve cortes pontuais em comunicação, sustentabilidade e North America Stores, reforçando a busca por eficiência após a expansão no pico da pandemia.

Para o mercado, um corte dessa dimensão tende a elevar margens no curto prazo e realocar investimento em IA e automação — temas centrais na estratégia do CEO Andy Jassy. Para trabalhadores do setor, o risco é de novo excesso de oferta de profissionais corporativos/gestores, enquanto engenharias de IA e produtos de nuvem seguem demandadas. A depender da execução, a Amazon mantém contratações sazonais no varejo, mas racionaliza estruturas administrativas.

Efeitos em clientes, PMEs e fornecedores
Reestruturações desse tipo costumam preservar operações-fim (marketplace, logística, AWS), mas podem gerar atrasos em projetos e mudanças de atendimento no curto prazo (contas corporativas, comunicação e marketing). Do lado positivo, custos menores e decisões mais ágeis podem baratear serviços e acelerar releases em nuvem/IA ao longo de 2026.

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