Estamos em guerra.

Intimidação criminosa atinge Delegado-Geral de SC.

Em um contexto em que Santa Catarina sustenta política permanente de combate à criminalidade — com rigor, tecnologia, estrutura e inteligência —, a reação do crime organizado voltou a se fazer presente no plano pessoal. O Delegado-Geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, informou em suas redes sociais que uma organização criminosa passou a divulgar um documento com fotos de sua filha (8 anos), de sua mãe (75) e do carro particular da esposa. Ele classificou a investida como exposição de seus “bens mais preciosos”, defendeu que a sociedade reaja — “lugar de bandido é na cadeia” — e afirmou que não irá retroagir.

O episódio acende alertas por envolver doxing (exposição indevida de dados e imagens), ameaça e intimidação com potencial de constrangimento à família. Especialistas lembram que práticas dessa natureza são crime, afrontam o Estatuto da Criança e do Adolescente quando alcançam menores, e miram desestabilizar autoridades por meio de ataques covardes a parentes — tática conhecida de grupos que tentam pressão psicológica para reduzir o pulso da repressão.

A resposta institucional passa por três frentes: (1) investigação para identificar autores, financiadores e difusores do material; (2) medidas de proteção a vítimas e familiares, com monitoramento e protocolos de segurança; (3) reforço da cooperação com inteligência, Ministério Público e Judiciário para responsabilização célere dos envolvidos. A orientação é clara: preservar a ordem pública e blindar pessoas que nada têm a ver com o conflito — especialmente crianças e idosos.

Nos últimos anos, Santa Catarina consolidou infraestrutura tecnológica e operações integradas que ajudam a manter o Estado entre os mais seguros do país. Tentativas de intimidação, contudo, mostram que o crime reage quando perde terreno. É precisamente nesses momentos que a coesão institucional e o apoio social fazem diferença: denúncias, preservação de provas digitais e recusa a compartilhar conteúdos criminosos encurtam o alcance da ameaça.

Como agir diante de conteúdos de ameaça e exposição de dados:
Não compartilhe imagens, links ou documentos que exponham vítimas.
Faça registro (prints, URLs, horários) e formalize boletim.
Canais de acionamento: 190 (emergência), 197 (Polícia Civil — informações/investigação) e 181 (Disque Denúncia).
Proteção digital: revise privacidade de perfis, ative dupla autenticação e denuncie nas plataformas.

Ataques que tentam calar autoridades por meio de familiares não atingem apenas pessoas; atacam o Estado de Direito. A melhor resposta combina investigação firme, proteção às vítimas e sociedade consciente — capaz de reagir dentro da lei e de exigir que criminosos sejam responsabilizados.

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