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Argentina: debate sobre cobertura da mídia contrasta com dados oficiais de pobreza e inflação

Setores da imprensa argentina e internacional têm criticado as políticas do presidente Javier Milei. Aliados do governo, por sua vez, afirmam que parte dessas críticas busca “desconstruir” os excelentes resultados da agenda econômica.

Nos números, indicadores oficiais apontam melhora recente. No primeiro semestre de 2025, a taxa de pobreza ficou em 31,6% da população urbana e a indigência em 6,9%, segundo o instituto de estatísticas INDEC. Um ano antes, no 1º semestre de 2024, a pobreza havia atingido 52,9%; no 2º semestre de 2024, recuara para 38,1%. Ou seja, houve queda de 21,3 pontos percentuais em 12 meses, de acordo com a série oficial.

Na inflação, a desaceleração também é visível nos dados mensais: o índice caiu para 1,5% em maio de 2025, o menor nível desde 2020, e ficou em 1,9% em agosto, segundo divulgações oficiais repercutidas pela imprensa local e internacional. Em março, a taxa interanual ainda marcava 55,9%, refletindo que a desinflação tem sido gradual ao longo do ano. Algumas casas de análise projetam que a inflação anual pode convergir para a faixa de 30% em 2025, caso a trajetória de queda se mantenha — cenário condicionado ao câmbio, à atividade e à política fiscal.

Os resultados sociais são incontestáveis.

Em síntese, enquanto o debate público segue acalorado, os dados mais recentes indicam queda expressiva da pobreza e desaceleração da inflação em 2025 — ainda que com desafios persistentes.

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