Fuga de milionários: estudo projeta saída de 1.200 brasileiros em 2025 e transferência de US$ 8,4 bilhões para o exterior

Relatório da Henley & Partners aponta o Brasil como o país que mais perde milionários na América Latina e o 6º no ranking global; EUA (Flórida), Portugal, Ilhas Cayman, Costa Rica e Panamá estão entre os destinos mais buscados.

DMA: IA

O Brasil deve registrar, em 2025, uma saída líquida de 1.200 milionários, segundo projeção da consultoria internacional Henley & Partners, em parceria com a New World Wealth, especializada em inteligência patrimonial. O dado chama atenção não apenas pelo número de pessoas, mas pelo peso financeiro: o movimento é estimado em US$ 8,4 bilhões em riqueza investível transferida para fora do país.

O estudo trata de uma tendência global conhecida como migração de riqueza privada — quando indivíduos com patrimônio elevado mudam de país, levando consigo investimentos, empresas, consumo e capacidade de gerar negócios. No relatório, o Brasil aparece como o principal “exportador” de milionários da América Latina e ocupa o 6º lugar no ranking mundial de perdas em 2025, atrás de países como Reino Unido, China, Índia, Coreia do Sul e Rússia.

Entre os motivos mais citados para a decisão de sair do país estão preocupações com segurança, ambiente político percebido como instável, carga tributária elevada e busca por previsibilidade, qualidade de vida e proteção patrimonial. É um tipo de escolha que não acontece “da noite para o dia”: geralmente envolve planejamento, residência fiscal, estruturação de empresas e decisões familiares sobre educação e saúde.

E para onde esses brasileiros estão indo? As informações mais reproduzidas com base no levantamento apontam como destinos preferidos Estados Unidos (especialmente a Flórida), Portugal, Ilhas Cayman, Costa Rica e Panamá — lugares vistos como atrativos por combinação de oportunidades, redes já estabelecidas de brasileiros, ambiente regulatório e, em alguns casos, vantagens fiscais.

Um detalhe importante para o leitor: esses números são projeções (“provisional”) e representam saldo líquido de milionários — ou seja, a diferença entre os que saem e os que entram — e não necessariamente uma contagem exata de “mudanças concluídas” até o último dia do ano. Ainda assim, o relatório é usado como termômetro porque acompanha fluxos e tendências internacionais de longo prazo.

O impacto desse movimento vai além da curiosidade estatística. Quando parte da população de alta renda migra, o país pode perder investimento, empreendedorismo, arrecadação e até influência em cadeias produtivas, especialmente se a decisão vier acompanhada de transferência de negócios e consumo para outros mercados. Por outro lado, a leitura mais objetiva do fenômeno é que ele funciona como um sinal de alerta: onde a percepção de estabilidade, segurança e previsibilidade melhora, a tendência costuma arrefecer; onde esses fatores pioram, a saída cresce.

Seja como for, a conclusão é direta: a projeção de 2025 reforça que o Brasil enfrenta um desafio que não se resolve com discurso — e sim com segurança pública eficiente, estabilidade institucional, ambiente de negócios confiável e políticas que reduzam a sensação de incerteza. Quando a confiança vai embora, parte do capital vai junto.


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