Grupo Pereira — do balcão de Itajaí ao carrinho do Brasil
Série “Gigantes de SC”

No começo de 1962, em Itajaí, o que se via eram carroças carregando 13 sacos de farinha e um propósito: transformar comércio de vizinhança em projeto de indústria familiar. A partir daquele embrião — a Comercial Pereira —, veio a primeira loja Comper em 1972 e, com o passar dos anos, um jeito catarinense de fazer varejo que aprende com o cliente, ajusta processos e ganha escala sem perder o sotaque. Em 1999, uma nova virada: nasce em Joinville o Fort Atacadista (então “Compre Fort”), resposta às mudanças do consumo e às necessidades dos pequenos negócios. Era a semente do “atacarejo” que, décadas depois, levaria o grupo ao pódio do setor.
De lá para cá, a expansão trocou passos curtos por arrancadas. O Fort virou a âncora do ecossistema e a presença saiu de Santa Catarina para MS, MT, GO, SP, RS e DF, combinando supermercados (Comper) e atacarejo (Fort) em uma rede que hoje soma 140 unidades de negócio — a 66ª loja do Fort foi inaugurada em Florianópolis, em fevereiro de 2025. Em paralelo, a cadeia logística ganhou musculatura (Perlog), surgiram braços como o SempreFort (farmácias) e até postos de combustível integrados à experiência de compra. É varejo pensado como serviço: preço, sortimento e proximidade em escala nacional.
Os resultados recentes ajudam a explicar o lugar que o Grupo Pereira ocupa: R$ 15,3 bilhões de faturamento em 2024 (alta de ~17%), plano de investir entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão em expansão e modernização e a manutenção da 7ª posição no Ranking ABRAS 2025 — o que também consolida o grupo como maior supermercadista de Santa Catarina. Em 2024, a companhia chegou a abrir quatro lojas do Fort no mesmo dia, num movimento que gerou milhares de empregos diretos e indiretos. É crescimento com lastro: mais capilaridade, melhor logística, melhor compra.
Em 2025, a trajetória ganhou novos contornos com a assunção das operações da rede Schmit, fundada em Bombinhas, e com um pipeline que prevê até 16 novas lojas ao longo do ano, com foco especial em Santa Catarina. Na prática, significa ocupar lacunas regionais, modernizar ativos e acelerar a presença onde o consumidor já reconhece a marca. O Fort, que nasceu em 1999, celebrou 25 anos como sinônimo de atacarejo em SC — o formato que, hoje, dita o ritmo do setor.
Mas números não contam tudo. Há um componente comunitário que atravessa a história: o Troco Solidário, programa que já doou R$ 20 milhões a 702 entidades nas cidades onde o grupo atua. Na outra ponta, quem abastece a família no Comper ou negocia caixa-fechada no Fort encontra time treinado, processos que funcionam e uma cultura de aprender com o chão de loja — uma pedagogia silenciosa que começa no estoque e termina no carrinho. Reconhecer essa trajetória é reconhecer décadas de trabalho de gente que transformou balcão, prateleira e empilhadeira em desenvolvimento regional.
Linha do tempo — marcos essenciais
• 1962 — Fundação da Comercial Pereira, em Itajaí (SC).
• 1972 — Abertura do primeiro Comper em Itajaí.
• 1999 — Inauguração do Fort Atacadista em Joinville (SC).
• 2024 — Faturamento de R$ 15,3 bi; forte ciclo de inaugurações.
• fev/2025 — 140ª unidade de negócio e 66ª loja do Fort no país (Florianópolis).
• 2025 — Aquisição/assunção da rede Schmit em SC; plano de até 16 novas lojas no ano.
• 2025 — 7º lugar no Ranking ABRAS e maior supermercadista de SC.

Mais do que uma sequência de conquistas, o que o Grupo Pereira mostra é que varejo é proximidade organizada: produto certo, preço competitivo, logística que chega, gente que atende. Do primeiro balcão em Itajaí à presença em sete estados e no DF, a trajetória revela um estado que aprendeu a empreender em cadeia — do fornecedor ao cliente final. Fica aqui o reconhecimento aos fundadores, às gerações que tocaram o negócio e aos milhares de colaboradores que, todos os dias, fazem o carrinho andar. É assim que Santa Catarina chega à mesa do Brasil: trabalhando junto, crescendo junto.
