HAMAS – o terror continua….
Homens executados pelo grupo terrorista.

Gaza após o cessar-fogo: vídeos e relatos mostram execuções públicas pelo Hamas; o que se sabe, o que o grupo alega e possíveis efeitos
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo Israel–Hamas neste segundo semestre, emergiram vídeos e relatos de execuções públicas realizadas por militantes do Hamas contra palestinos em Gaza. Em um dos episódios mais difundidos, equipes de verificação jornalística geolocalizaram a cena em Gaza City e confirmaram que três homens — acusados de “colaboração” com Israel — foram mortos a tiros em via pública. Outros veículos reportaram execuções adicionais com alvos descritos como “colaboradores” ou “foras da lei”.
A trégua — fruto de uma negociação mediada por EUA, Egito e Catar — prevê trocas de reféns e prisioneiros, entrada de ajuda e passos para uma transição em Gaza. Apesar de avanços pontuais, o acordo é frágil e tem sido marcado por incidentes e disputas sobre cronogramas, inclusive a devolução de corpos de reféns e a reabertura de passagens fronteiriças.
Em comunicados e nas legendas dos vídeos, o HAMAS justifica as mortes como punição a “colaboração” com Israel e como resposta a crimes internos (como saques a comboios de ajuda). Em meses anteriores, a imprensa já havia noticiado execuções de supostos saqueadores e “exemplos” públicos para reafirmar controle sobre o território. Analistas leem a ofensiva como um sinal de intimidação dirigido a clãs locais, rivais e dissidentes, num momento em que o grupo tenta manter a primazia da segurança mesmo sob cessar-fogo.
Em ao menos um caso, BBC Verify confirmou a localização da execução por análise de traçado de ruas e marcos; reportagens citando a Reuters também apontam correspondência visual com imagens de satélite e arquivos de referência para situar a cena em Gaza City. Verificadores independentes na Austrália (ABC News Verify) localizaram outro clipe no bairro de Sabra, igualmente com homens ajoelhados e vendados.
Pelo arcabouço jurídico palestino, execuções exigem ratificação do presidente da Autoridade Palestina — requisito historicamente desrespeitado em Gaza, segundo entidades de direitos humanos locais e internacionais. Al Mezan tem reiterado que sentenças de morte sem chancela presidencial e sem garantias processuais configuram violações; HRW e Anistia já haviam documentado execuções sumárias em conflitos anteriores, estabelecendo um padrão de abusos.
A continuidade da repressão interna em Gaza tensiona o ambiente do próprio cessar-fogo: parceiros internacionais cobram contenção e respeito a civis, enquanto a governança de transição e a entrega de ajuda seguem como pontos sensíveis nas conversas diplomáticas. Reportagens indicam que o Hamas busca reter o controle da segurança durante um período “transitório”, o que contrasta com demandas externas por desarmamento e reforma institucional.
Possíveis consequências.
- Clima de medo e silenciamento: execuções públicas criam efeito dissuasório sobre protestos e denúncias de abusos, com impacto direto no espaço cívico.
- Fragilização do acordo: a prática embaraça mediadores e pode dificultar a implementação de etapas do cessar-fogo (entregas de ajuda, retorno de corpos, reabertura de passagens).
- Risco de retaliações e sanções: violações graves de direitos humanos podem motivar pressões diplomáticas adicionais, inclusive condicionando financiamento humanitário e reconstrução a garantias de devido processo.
Em síntese. Há evidências verificadas de execuções públicas em Gaza após o cessar-fogo, com o Hamas alegando combate a “colaboradores” e “criminosos” e críticos apontando intimidação política e desrespeito ao devido processo. O tema adiciona instabilidade a um acordo já delicado e pode influenciar governança, ajuda humanitária e negociações sobre o futuro do enclave.
