Joinville: indústria forte, capital da dança e natureza entre a serra e a Baía Babitonga.

Série “Cidades de SC”.

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Maior cidade de Santa Catarina, Joinville combina herança europeia, potência industrial e uma agenda cultural que a projetou no mundo — do Festival de Dança (recordista do Guinness) à única Escola do Teatro Bolshoi fora da Rússia. A população passou de 616 mil habitantes no Censo 2022 para 664,5 mil na estimativa 2025 do IBGE, mantendo o município no topo do ranking estadual.

Do ponto de vista econômico, o retrato é de escala e diversificação. O PIB per capita atingiu R$ 74.531,62 (2021), acima da média catarinense, com protagonismo da indústria de transformação e um ecossistema que reúne Tupy (sede e fundições), Tigre (materiais hidráulicos) e Nidec Global Appliance/Embraco (compressores). A BR-101, o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola e a proximidade com os portos de São Francisco do Sul e Itapoá dão vantagem logística ao parque fabril.

A oferta de trabalho acompanha esse dinamismo: em 2024, Joinville foi líder em geração de empregos formais em SC, com saldo de 10.542 vagas e presença entre as 20 cidades que mais criaram postos no país. Em 2025, o município seguiu entre os destaques nacionais, com oscilações pontuais decorrentes do ciclo econômico.

Na segurança pública, os indicadores mostram queda expressiva recente: o número de homicídios caiu de 52 (2023) para 34 (2024), conforme balanços estaduais — movimento inserido na tendência de redução da criminalidade em Santa Catarina e que teve continuidade no 1º semestre de 2025.

Cultura que faz escola (e história)

O Festival de Dança de Joinville, criado em 1983, é reconhecido pelo Guinness World Records como o maior festival de dança do mundo — e vem quebrando marcas de participação. A cidade abriga também a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única filial internacional da companhia russa, aberta em 2000, com visitas guiadas e formação de bailarinos para palcos do país e do exterior. A tradição se completa com a Festa das Flores (desde 1936), vitrine das orquídeas e do apelido “Cidade das Flores”.

Natureza de manguezais à serra

Entre mar e Mata Atlântica, Joinville oferece trilhas e mirantes no Morro do Finder e no Morro da Boa Vista/Zoobotânico, além de passeios e observação de fauna na Baía Babitonga — com destaque para a região da Vigorelli e dos Espinheiros. Na borda da Serra do Mar, a Serra Dona Francisca (SC-418) rende mirantes e rotas de aventura.

De colônia europeia à “Manchester catarinense”

O território nasceu como Colônia Dona Francisca, vinculada ao dote da princesa D. Francisca — irmã de D. Pedro II — no casamento com o Príncipe de Joinville. A ocupação tomou corpo a partir de 1851, com chegada de suíços, alemães e noruegueses, e daria origem à cidade que mais tarde ganharia o apelido de “Manchester Catarinense” pela força industrial.

Com escala econômica, emprego em alta, queda recente da criminalidade e um capital cultural único — do Guinness da dança ao Bolshoi —, Joinville consolida um projeto de cidade que reúne ambiente de negócios competitivo e qualidade de vida entre a serra e a baía. É lugar para investir, trabalhar e viver, com a vantagem de respirar natureza no mesmo dia em que se assiste a um espetáculo de balé.

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