Brasileira formada na UFSC que perdeu braço e perna no metrô de Nova York receberá indenização milionária
Arquiteta catarinense Luisa Janssen Harger venceu processo contra autoridade metroviária de Nova York e deve receber valor milionário após acidente que a deixou amputada.

A arquiteta catarinense Luisa Janssen Harger da Silva, formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebeu uma decisão favorável do júri de Nova York que a reconhece como vítima de grave negligência após cair nos trilhos do metrô da cidade e sofrer amputações traumáticas. O acidente, que ocorreu em 2018, transformou a vida da jovem, então com 22 anos, que perdeu um braço e uma perna depois de ser atingida por um trem enquanto tentava retornar à plataforma. Agora, após anos de batalha judicial, ela deverá receber uma indenização milionária da Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA), responsável pelo sistema metroviário nova-iorquino.
O processo revelou que Luisa caiu dos trilhos após sentir-se mal dentro da estação da 6th Avenue, em Manhattan. Sem conhecimento do ocorrido pelos operadores do trem e pela equipe de segurança da estação, ela permaneceu caída até ser atingida. O júri considerou que houve falhas nos procedimentos de vigilância e no sistema de monitoramento, que deveria ter detectado a presença da jovem nos trilhos antes da aproximação da composição. O veredito representa uma das condenações mais significativas envolvendo acidentes no metrô de Nova York nos últimos anos.
Luisa vive hoje nos Estados Unidos, onde passou por dezenas de cirurgias, reabilitação intensiva e adaptações à vida com próteses. Apesar da tragédia, tornou-se símbolo de superação e resiliência, ganhando destaque internacional ao compartilhar parte de sua trajetória de recuperação, desafios físicos e emocionais, além de seu retorno gradual às atividades profissionais. A família, que acompanha o caso desde o início, comemorou a decisão como uma forma de justiça após anos de sofrimento.
A indenização definitiva ainda depende de etapas formais e poderá variar conforme acordos adicionais entre o tribunal e a MTA, mas fontes jurídicas indicam que o valor total deve chegar à casa dos milhões de dólares, considerando danos físicos permanentes, custos hospitalares, traumas psicológicos e impacto profissional ao longo da vida.
O caso volta a evidenciar debates sobre segurança no metrô de Nova York — um dos mais movimentados do mundo — e a necessidade de aperfeiçoar sistemas de vigilância, sinalização e prevenção de quedas na plataforma, medidas discutidas há décadas pela administração local.
Para o público brasileiro, especialmente em Santa Catarina, a história de Luisa — ex-aluna da UFSC, jovem, talentosa e vítima de um acidente extremo no exterior — reacende a discussão sobre responsabilidade, amparo às vítimas e a dura realidade de quem vive longe da família em momentos de crise. A decisão do júri, contudo, representa um passo decisivo para que ela possa seguir sua vida com dignidade e suporte adequado.
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