Preso é morto dentro do Presídio da Canhanduba, em Itajaí, e Polícia Civil apura possível motivação ligada a facção
Thiago Zimmermann, de 21 anos, morreu após agressão dentro da cela; delegado da DH aponta indícios de desavença anterior com integrantes de organização criminosa. Caso reacende alerta sobre segurança nas unidades prisionais.
Um homicídio dentro do sistema prisional de Santa Catarina voltou a acender o alerta para a rotina de tensão e riscos nas unidades do Estado. Um detento foi morto no Presídio da Canhanduba, em Itajaí, na noite de segunda-feira (15). A vítima foi identificada como Thiago Zimmermann, de 21 anos. As informações iniciais apontam que ele foi atacado por um companheiro de cela, utilizando um objeto improvisado a partir de um ventilador.
O caso foi atendido em regime de plantão e está sob apuração da Delegacia de Homicídios. Em entrevista, o delegado Roney Péricles informou que, numa análise preliminar, há indícios de uma desavença anterior envolvendo a vítima e integrantes de uma organização criminosa, linha que deve orientar parte das diligências e oitivas realizadas nos próximos dias.
A ocorrência ocorreu no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, conhecido popularmente como Canhanduba, no bairro de mesmo nome. A unidade já foi notícia em outras ocasiões por situações de instabilidade, o que reforça a necessidade de protocolos permanentes de prevenção, controle de objetos e monitoramento interno para reduzir a chance de armas improvisadas circularem em celas e galerias.
Além da responsabilização criminal, episódios como este trazem um debate inevitável: a segurança prisional não protege apenas quem está encarcerado — ela protege também servidores, visitantes e a própria sociedade. Quando o sistema perde capacidade de controle, a violência interna cresce, amplia o poder de facções e torna mais difícil qualquer política séria de ressocialização e redução da reincidência.
A Polícia Civil deve seguir com a coleta de depoimentos, análise de imagens (quando disponíveis), laudos periciais e a formalização do inquérito para esclarecer motivação, dinâmica e participação de terceiros.
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