Pressão total ao narcotráfico.
57 mortos desde o início da operação.

Os Estados Unidos ampliaram sua campanha de interdição marítima contra grupos que o governo Trump descreve como narcoterroristas. Ontem 27/10 o Pentágono confirmou quatro lanchas destruídas no leste do Pacífico, com 14 mortos; um sobrevivente foi resgatado por autoridades do México. A operação integra a série de ataques iniciada em setembro, no Caribe, e depois expandida ao Pacífico.
Com o novo episódio, o saldo de mortos chega a 57 desde o início da campanha, que também registra três capturados, de acordo com compilações públicas e registros divulgados. O foco tem sido lanchas rápidas e, em alguns casos, narco-submarinos. Críticos questionam a legalidade e a eficácia da estratégia — e apontam risco de mortes de não combatentes —, enquanto o governo defende tratar-se de ação armada contra organizações criminosas que abastecem o mercado de drogas nos EUA.
A chancelaria colombiana vem elevando o tom: na semana passada, pediu que Washington interrompa os ataques, classificando-os como “assassinato” e violação do direito internacional, em especial quando embarcações ou nacionais colombianos estejam envolvidos. As tensões introduzem um ruído inédito na cooperação antidrogas entre os dois países.
Contexto — o que acompanhar
- Transparência de alvos: até agora, Washington não divulgou evidências públicas que vinculem cada barco a cartéis específicos; casos de identificação contestada alimentam o debate sobre regras de engajamento.
- Escopo da campanha: ataques anteriores no Caribe deixaram ao menos vítimas e apreensões associadas; autoridades dominicanas relataram cocaína apreendida após um dos afundamentos.
Acompanhar briefings do Pentágono e comunicados da chancelaria colombiana sobre jurisdição e cooperação; são os canais seguros das informações.
