Santa Catarina referência em transplantes.

Secretaria da Saúde de SC realiza Fórum Internacional sobre transplantes.

Foto – Gov Secom

Santa Catarina reforça protagonismo em transplantes e recebe fórum internacional em Florianópolis (20 a 22 de outubro)


Santa Catarina consolidou, ao longo de décadas, uma rede de doação e transplantes referência no Brasil. A combinação de coordenação estadual ativa, hospitais habilitados e equipes multiprofissionais treinadas tem colocado o estado de forma recorrente entre os primeiros do país em indicadores de captação e procedimentos realizados. Para aprofundar avanços e discutir gargalos, a capital Florianópolis recebe, de 20 a 22 de outubro de 2025, um fórum que reunirá especialistas, gestores públicos, profissionais de saúde e representantes de pacientes.

Histórico de excelência em Santa Catarina

  • Coordenação integrada: a Central Estadual de Transplantes trabalha com protocolos padronizados para notificação, avaliação e manutenção do potencial doador, articulando UTIs, equipes de busca ativa e logística de transporte.
  • Rede hospitalar preparada: hospitais catarinenses mantêm equipes habilitadas em diferentes modalidades (rim, fígado, coração, pulmão, córnea e medula óssea), com rotinas de prontidão e integração com o Sistema Nacional de Transplantes.
  • Capacitação contínua: programas de treinamento para equipes de UTI, enfermagem e serviço social aumentaram a taxa de notificação e reduziram recusas por falha de abordagem.
  • Logística ágil: o estado desenvolveu protocolos para remoção e transporte de órgãos com apoio de aeronaves e centrais reguladoras, encurtando janelas críticas entre captação e implante.
  • Engajamento social: campanhas permanentes reforçam a importância de comunicar à família o desejo de doar — etapa decisiva para que a autorização aconteça.

Esse conjunto de ações ajudou Santa Catarina a manter desempenho consistente em doação efetiva e transplantes por milhão de habitantes, posicionando o estado como referência nacional e influenciando boas práticas em outras unidades da federação.

O fórum em Florianópolis:

O encontro terá três eixos centrais:

  1. Assistência e protocolos clínicos
    • manutenção do potencial doador em UTI
    • critérios de elegibilidade e segurança do receptor
    • imunossupressão, infecções e seguimento ambulatorial
    • transplantes de rim, fígado, coração, pulmão e córnea; doação e transplante pediátrico
  2. Gestão, logística e regulação
    • fluxo de notificação, avaliação e alocação de órgãos
    • uso de tecnologias para rastreabilidade e controle de tempo isquêmico
    • transporte aeromédico e integração com centrais reguladoras
  3. Ética, comunicação e mobilização social
    • abordagem familiar e redução de recusas
    • combate à desinformação
    • transparência na fila única do SNT e direitos do paciente transplantado

A programação prevê mesas-redondas, painéis de casos, workshops para equipes de UTI e coordenações hospitalares, além de espaço para relatos de pacientes e familiares.

Como ser doador

No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só acontece com autorização da família. Por isso:

  1. Converse em casa e deixe claro o seu desejo de ser doador.
  2. Mantenha documentos atualizados e informe contatos de emergência.
  3. Em vida, é possível doar medula óssea (cadastro no Redome) e, em situações específicas, parte do fígado ou rim para familiares, conforme avaliação médica e legislação vigente.

Com trajetória de bons resultados e um sistema que inspira outros estados, Santa Catarina reafirma seu papel na doação e nos transplantes. O fórum em Florianópolis será mais uma oportunidade para qualificar a rede, salvar vidas e fortalecer a cultura da doação.

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