SR-72 “Darkstar”: o jato hipersônico que pode redefinir o céu — mas ainda permanece um mistério | DMA Notícias

Projeto da Lockheed Martin para um sucessor hipersônico da lendária SR‑71 Blackbird promete revolucionar vigilância e ataque aéreo dos EUA.

Desde 2013, o SR-72 vem sendo anunciado pela Lockheed Martin como potencial sucessor do SR-71 Blackbird, capaz de atingir velocidades superiores a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som) ou até Mach 6, e de realizar missões de reconhecimento e ataque em territórios negados. O apelido “Darkstar” — popularizado pela cultura pop — reforça a aura de mistério que cerca o projeto.

Segundo fontes especializadas, o SR-72 usaria uma propulsão “ciclo combinado de turbina + scramjet” (turbojato para decolagem, scramjet para voo hipersônico) e materiais capazes de suportar temperaturas extremas. A finalidade declarada: penetrar defesas sofisticadas, reagir com velocidade a ameaças e ampliar enormemente a capacidade de vigilância, reconhecimento ou ataque de choque da United States Air Force (USAF).

Porém, apesar da ambição, o SR-72 ainda não teve voo público confirmado, não há contrato oficial público completo e o cronograma permanece incerto. Especialistas apontam que o programa pode ser adiado para os anos 2030.

A relevância para o leitor brasileiro e global está em três frentes principais:

  1. Tecnologia e poder militar – Se for de fato operacional, o SR-72 mudaria os parâmetros da aviação militar: interceptações mais rápidas, missões transcontinentais em tempo express e menor vulnerabilidade a radares e defesas inimigas.
  2. Geopolítica e corrida armamentista – Enquanto EUA apostam em hipersônicos, potências como China e Rússia avançam em seus próprios programas. Um SR-72 funcional alteraria o equilíbrio de forças aéreas no mundo.
  3. Transparência e gastos públicos – Com orçamento e cronograma pouco claros, o projeto destaca o dilema de programas ultrassecretos: grandes promessas, mas pouca visibilidade pública, o que suscita questionamentos sobre prioridade, viabilidade e retorno.

Em resumo: o SR-72 “Darkstar” é tão fascinante quanto nebuloso. Ele representa o ápice das aspirações da aviação militar americana — mas, no momento, permanece mais no reino do “poderíamos” do que do “já está voando”. Para o leitor do DMA Notícias, acompanhar esse tipo de projeto não é apenas acompanhar tecnologia de ponta — é entender como a defesa, a inovação e a geopolítica se entrelaçam com o futuro do mundo.

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