Trump assina decreto que classifica fentanil ilegal como “arma de destruição em massa” e endurece guerra às drogas

Medida assinada na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, trata o opioide sintético como ameaça de segurança nacional e abre caminho para uso de instrumentos típicos de combate a WMD contra redes de tráfico.

DMA: IA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto (executive order) classificando o fentanil ilegal como “arma de destruição em massa” — um enquadramento raro e politicamente explosivo, normalmente associado a ameaças químicas, biológicas ou nucleares. A assinatura ocorreu na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025 (não em 15/11, como circulou em algumas publicações), e foi apresentada pela Casa Branca como resposta à crise de mortes por overdose e ao que o governo descreve como uso do fentanil como arma contra a sociedade americana.

Na prática, a decisão significa que o fentanil ilícito passa a ser tratado, no discurso e no arcabouço operacional do governo, como um agente com potencial para “causar morte ou ferimentos graves” por meio de substâncias químicas tóxicas — saindo da moldura exclusiva de “narcótico” e entrando no terreno da segurança nacional. Na leitura de fontes que acompanharam o anúncio, o objetivo é ampliar ferramentas do Estado para pressionar e desorganizar redes internacionais ligadas à droga, especialmente cadeias que envolvem precursores químicos, produção e distribuição.

O decreto se soma a uma linha que Trump vem adotando desde o início do mandato: endurecimento máximo no enfrentamento ao tráfico, com retórica de guerra e medidas de forte impacto. Em 2025, Trump também sancionou a HALT Fentanyl Act, que endurece o tratamento federal sobre substâncias relacionadas ao fentanil no âmbito do controle de drogas.

A nova classificação como “WMD”, contudo, é um passo além por seu simbolismo e por seus efeitos políticos: ao elevar o fentanil ao patamar de ameaça estratégica, o governo amplia o espaço para ações integradas de Justiça, Defesa e inteligência contra organizações criminosas transnacionais. Segundo reportagem da Reuters, essa lógica permite mobilizar instrumentos normalmente associados a combate à proliferação de armas de destruição em massa, reforçando a ideia de uma resposta mais dura e, em parte, mais militarizada.

A decisão ocorre em meio a um consenso amplo nos EUA sobre a gravidade do problema: o fentanil é apontado como um dos principais motores da crise de overdoses, com dezenas de milhares de mortes anuais. A Casa Branca, por sua vez, sustenta que a escalada é necessária porque o volume e a letalidade da droga transformaram o tema em emergência permanente, e porque as rotas internacionais seguem se adaptando aos bloqueios.

Há, por outro lado, críticas relevantes de especialistas em política de drogas: análises citadas por veículos públicos dos EUA colocam dúvidas sobre o quanto a reclassificação, por si só, reduz oferta e mortes, defendendo que combate ao tráfico precisa caminhar junto de prevenção, tratamento e redução de danos. Mesmo assim, o governo Trump deixa claro que quer transmitir um recado político: tolerância zero, punição mais pesada e pressão total sobre cartéis e cadeias de suprimento.

Em resumo, o decreto reforça um novo patamar de enfrentamento. Para Trump, fentanil ilegal não é apenas crime: é ameaça estratégica — e, nessa lógica, passa a ser combatido como tal.


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