Zebra Tira: filhote com estampa de bolinhas no Quênia encanta o mundo e intriga cientistas

Raríssima zebra de pelagem marrom com bolinhas brancas foi registrada na reserva Masai Mara, no Quênia; mutação genética altera as listras tradicionais e pode ser o primeiro caso deste tipo na região.

Foto: Redes Sociais

Na savana do Masai Mara, no Quênia, um filhote de zebra vem chamando a atenção de turistas, fotógrafos e cientistas. Batizada de Tira, ela nasceu com uma pelagem completamente diferente das zebras tradicionais: em vez das clássicas listras pretas e brancas, o corpo é marrom-escuro, salpicado de pequenas bolinhas brancas, formando um visual único, quase “de fantasia”.

Tira foi avistada pela primeira vez em 2019 por um guia Maasai, Antony Tira, que deu seu próprio sobrenome ao animal. A descoberta aconteceu dentro da Reserva Nacional Masai Mara, uma das regiões com maior concentração de grandes mamíferos da África e cenário da famosa migração de gnus e zebras. Desde então, as imagens da “zebra de bolinhas” correram o mundo.

De acordo com especialistas, o padrão de Tira é resultado de uma mutação genética que altera a distribuição da melanina, pigmento responsável pela cor dos pelos. Em vez de formar listras, as células pigmentares se organizaram em manchas, fenômeno conhecido como pseudomelanismo – já observado em outros indivíduos de zebra, mas raramente com um desenho tão marcado em forma de pontos.

Normalmente, as listras ajudam a quebrar o contorno do corpo, confundindo predadores e até afastando moscas e outros insetos, que evitam pousar em superfícies listradas. No caso de Tira, o padrão diferente pode trazer desafios extras: por se destacar visualmente no meio do rebanho, ela pode ficar mais exposta a ataques de leões e também ser mais suscetível a picadas de insetos, segundo biólogos que estudam o tema.

Apesar do risco, registros de campo mostram que Tira se comporta normalmente com o grupo, permanece próxima da mãe e interage com as outras zebras como qualquer outro filhote, o que indica que, do ponto de vista social, a manada a aceita sem dificuldades. Pesquisadores destacam que casos como o dela são importantes para entender melhor a diversidade genética e evolutiva das zebras, além de reforçar o valor da conservação de áreas como o Masai Mara.

Para quem vê as fotos, Tira parece um personagem inventado, mas ela é um lembrete real de como a natureza ainda é capaz de surpreender. E, para nós aqui em Santa Catarina, fica a curiosidade e o encanto: em um mundo onde “toda zebra é listrada”, uma pequena zebra de bolinhas nascida no Quênia mostra que a vida sempre encontra jeitos criativos de se reinventar.


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