Coluna Tatiana Guarnieri/Pressão | DMA Notícias
A pressão não vem do futuro — vem das interpretações que você faz dele.

*Quando a pressão do futuro não deixa você viver o agora*
Em momentos de encerramento de ciclo ou decisões importantes, é comum sentir o peso do futuro caindo sobre os ombros. É como se cada escolha definisse o resto da vida e, de repente, o presente se torna pequeno diante de tantas expectativas.
Mas o que quase ninguém fala é que esse medo não nasce do futuro em si. Ele nasce da forma como a sua mente interpreta esse futuro. O “e se?” que rouba o agora.
Às vezes, o medo de falhar é tão grande que você começa a viver mais nas hipóteses do que na realidade.
“E se eu não passar?”
“E se não for suficiente?”
“E se todo mundo avançar… menos eu?”
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), chamamos isso de pensamentos catastróficos. São interpretações distorcidas que fazem o cérebro imaginar o pior cenário possível, antes mesmo de você tentar. É o seu cérebro tentando antecipar riscos para te proteger só que, muitas vezes, exagerando o perigo e te deixando paralisado.
Um filtro simples que muda tudo é quando o medo aparecer, experimente perguntar: “O que é fato… e o que é medo?”
Fato é o que está realmente acontecendo agora. Medo é o que você imagina que pode acontecer.
Esse pequeno filtro tira a mente do futuro e devolve ao presente. É uma forma de desacelerar a ansiedade e organizar seus pensamentos.
O problema é tentar carregar sozinho todas as possibilidades que o futuro pode trazer. Você não precisa resolver tudo hoje, só precisa lidar com o próximo passo.
A terapia te ajuda a:
enxergar suas conquistas sem minimizar o que você já fez;
reorganizar suas crenças sobre desempenho e perfeição;
reduzir a autocobrança;
atravessar períodos de pressão com mais clareza e leveza.
Porque, quando você aprende a reconhecer o que é medo e o que é realidade, viver o presente deixa de ser tão assustador.
