Marcos Vieira é reeleito vice-presidente nacional do PSDB | DMA Notícias
Santa Catarina permanece no núcleo de decisões do PSDB com a recondução de Marcos Vieira à vice-presidência nacional.

O deputado estadual Marcos Vieira foi reeleito, nesta quinta-feira, para o cargo de vice-presidente nacional do PSDB para o biênio 2026–2027, em reunião do Diretório Nacional realizada em Brasília. Com isso, Santa Catarina segue ocupando um espaço estratégico no comando tucano em nível nacional, reforçando o peso político do estado dentro da sigla. Vieira, que já preside o PSDB catarinense e exerce seu quinto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa, consolida-se como uma das principais lideranças tucanas fora dos grandes centros tradicionais.
Após a eleição, o parlamentar catarinense destacou o caráter coletivo da conquista e fez questão de vincular o resultado à militância do estado: “Fomos por mais um mandato eleitos vice-presidente nacional do PSDB, colocando Santa Catarina mais uma vez no comando da sigla em nível nacional. Obrigado às tucanas e tucanos de Santa Catarina que nos apoiaram e apoiam nessa liderança”, afirmou Marcos Vieira. O discurso reforça a narrativa que ele vem sustentando nos últimos anos: um PSDB com protagonismo catarinense e projeto nacional, mas enraizado em bases municipais e regionais.

Na mesma reunião, o deputado federal Aécio Neves (MG) foi eleito por unanimidade e reassume a presidência nacional do PSDB, em um movimento que marca a tentativa de reorganização do partido para as eleições de 2026. Aécio chega ao comando com a missão declarada de recuperar a relevância da sigla, mirar o eleitor que rejeita tanto Lula quanto Bolsonaro e oferecer uma alternativa de centro no cenário polarizado da política nacional. Ele já vinha articulando esse retorno há meses e terá, entre as principais tarefas, a condução da estratégia eleitoral, a definição de alianças e o reposicionamento programático do partido.
Para Santa Catarina, a reeleição de Marcos Vieira é vista como um ativo político importante. Além de comandar o PSDB no estado, ele é citado como pré-candidato ao governo catarinense em 2026, o que coloca o partido no radar das disputas majoritárias e amplia o peso da bancada tucana nas negociações nacionais. Ter um vice-presidente nacional instalado em Florianópolis, aliado direto do presidente da sigla, aumenta o poder de influência do PSDB catarinense na montagem de palanques, na definição de recursos e na construção do discurso nacional.
A nova composição da Executiva Nacional também se insere em um contexto de debates internos sobre o futuro do partido, incluindo discussões sobre fusão com outras legendas e reposicionamento ideológico. Nos últimos meses, lideranças tucanas discutiram, por exemplo, uma eventual união com o Podemos, vista como uma forma de recompor musculatura eleitoral, ainda que haja resistências em bases estaduais — entre elas, a própria direção catarinense, que defende a manutenção da identidade histórica do PSDB.
Na prática, a reeleição de Marcos Vieira e o retorno de Aécio Neves ao comando nacional recolocam o PSDB no tabuleiro da política de 2026 com uma mensagem clara: o partido quer voltar a ser protagonista nas discussões nacionais, disputar espaço com as grandes forças políticas e não se limitar ao papel de coadjuvante em chapas majoritárias. Para o eleitor catarinense, fica o registro de que o estado segue sentado à mesa onde as principais decisões tucanas serão tomadas nos próximos anos.
